segunda-feira, 18 de maio de 2009

As coisas não caem do céu ou caem?


Recebi uma mensagem bem interessante, verídica e com muita sabedoria.
Trata-se de um fragmento adaptado de discurso do Professor Doutor Constitucionalista Luís Roberto Barroso, um operador do Direito com notável saber jurídico.

Hoje, especialmente, reler e refletir me fará muito bem.
Penso que a todos nós!!!


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"Vocês estão condenados ao sucesso!


No entanto, é preciso lembrar que as coisas não caem do céu. Nem mesmo para gente talentosa como vocês. É preciso ir buscá-las: correr atrás, mergulhar fundo, voar alto. É preciso ter determinação e paciência. Muitas vezes será necessário voltar ao ponto de partida e recomeçar tudo de novo. As coisas não caem do céu. Está em Camões: "As coisas árduas e lustrosas só se alcançam com trabalho e fadiga." Mas quando, após haverem empenhado cérebro, nervos, coração e conquistarem o resultado almejado, não tenham medo de ser felizes. Ao contrário, saboreiem o sucesso merecido, gota a gota. Sem esquecer, no entanto, que ninguém é bom demais, que ninguém é bom sozinho e que no fundo no fundo, por paradoxal que pareça, as coisas caem mesmo é do céu. E é preciso agradecer.
A humildade, sincera e verdadeira, é inspiradora e alimenta o sucesso. A atividade intelectual é feita do reconhecimento das próprias limitações e do esforço diário para se aprimorar.
Não se hipnotizem por elogios: julguem-se por si próprios. A vida, para utilizar uma imagem, é a travessia continua de uma corda bamba. Ora se inclina um pouco para cá, ora um tanto para lá. Por vezes, o público poderá ter a impressão de que a gente está voando, de que o equilibrista está no ar. Não há problema nisso. A ilusão faz parte da vida. Mas o equilibrista tem que saber que ele está se equilibrando. Porque se ele acreditar que está voando, se ele presumir demais de si próprio, não haverá salvação. Ele vai cair. E na vida real não tem rede.
Tenham bom humor, sejam espirituosos, não se levem a sério demais.
Conta-se que no Supremo Tribunal Federal - STF - teria se passado o seguinte episódio. Votava-se o processo de extradição de um certo Senhor Walker. A certa altura do julgamento, o Ministro Sepúlveda Pertence teria perguntado ao Relator: V. Exa. pode me informar o prenome do extraditando. O Relator informou: "É Richard. Por que V. Exa. gostaria de saber isso?" E retrucou o Ministro Pertence: "Porque se fosse Johnny, Johnny Walker, teria que me dar por impedido por amizade íntima." (O Ministro nega o episódio embora sem veemência. Mas se não aconteceu, poderia ter acontecido!).
Em resumo: sejam humildes, bem-humorados e desfrutem sem medo o sucesso que farão.
Vão em paz, sejam o que melhor que puderem."

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