sábado, 27 de junho de 2009

Uma xícara de Zen


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Memória



Perguntas que não querem calar relacionadas tão-somente há um único momento em sua vida.


Se fosse possível, qual você apagaria em sua vida?


Se fosse possível, qual você esqueceria em sua vida?


Se fosse possível, qual você escolheria em sua vida?

sábado, 20 de junho de 2009

Basta um segundo.....Fim!


Sempre vale a reflexão... consciência do fim e da impermanência!

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"Aí um dia você toma um avião para Paris, a lazer ou a trabalho, em um vôo da Air France, em que a comida e a bebida têm a obrigação de oferecer a melhor experiência gastronômica de bordo do mundo, e o avião mergulha para a morte no meio do Oceano Atlântico. Sem que você perceba, ou possa fazer qualquer coisa a respeito, sua vida acabou. Numa bola de fogo ou nos 4 000 metros de água congelante abaixo de você naquele mar sem fim. Você que tinha acabado de conseguir dormir na poltrona ou de colocar os fones de ouvido para assistir ao primeiro filme da noite ou de saborear uma segunda taça de vinho tinto com o cobertorzinho do avião sobre os joelhos. Talvez você tenha tido tempo de ter a consciência do fim, de que tudo terminava ali. Talvez você nem tenha tido a chance de se dar conta disso. Fim.

Tudo que ia pela sua cabeça desaparece do mundo sem deixar vestígios. Como se jamais tivesse existido. Seus planos de trocar de emprego ou de expandir os negócios. Seu amor imenso pelos filhos e sua tremenda incapacidade de expressar esse amor. Seu medo da velhice, suas preocupações em relação à aposentadoria. Sua insegurança em relação ao seu real talento, às chances de sobrevivência de suas competências nesse mundo que troca de regras a cada seis meses. Seu receio de que sua mulher, de cuja afeição você depende mais do que imagina, um dia lhe deixe. Ou pior: que permaneça com você infeliz, tendo deixado de amá-lo. Seus sonhos de trocar de casa, sua torcida para que seu time faça uma boa temporada, o tesão que você sente pela ascensorista com ar triste. Suas noites de insônia, essa sinusite que você está desenvolvendo, suas saudades do cigarro. Os planos de voltar à academia, a grande contabilidade (nem sempre com saldo positivo) dos amores e dos ódios que você angariou e destilou pela vida, as dezenas de pequenos problemas cotidianos que você tinha anotado na agenda para resolver assim que tivesse tempo. Bastou um segundo para que tudo isso fosse desligado. Para que todo esse universo pessoal que tantas vezes lhe pesou toneladas tenha se apagado. Como uma lâmpada que acaba e não volta a acender mais. Fim.

Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo dentro de casa. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. No fundo, só existe o hoje."


Por Adriano Silva – 04/06/2009 – Revista Exame


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Aniversário do Dzongsar K Rinpoche



Hoje, 18 de junho, comemora-se o nascimento de um grande Mestre budista tibetano - Dzongsar Khyentse Rinpoche.

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"Um escultor pode criar uma linda mulher com mármore, mas ele deve saber bem como não se apaixonar pela criação. Como Pigmalião com sua estátua de Galatéia, nós também criamos nossos amigos e inimigos, mas nos esquecemos que é assim. Devido à ausência do estado desperto em nós, nossas criações são transformadas em algo sólido e real, e vamos ficando cada vez mais enroscados. Quando você compreender por inteiro, não apenas intelectualmente, que tudo é apenas sua criação, você será livre."

What Makes You Not a Buddhist, by Dzongsar K Rinpoche


Prece pela Longevidade de Dzongsar Khyentse Rinpoche


OM SOTI DJAM IANG TCHEN PE NIENG DJED RAB SAL UAR KUN TCHAB TUG DJEI OD ZER TA IE BAR OM SOTI

Sol inteiramente luminoso da sabedoria de Manjushri, os raios de sua compaixão inata que tudo permeiam, brilham ilimitadamente,


MED DJUNG NÜ TOB TEN DROI PED MOI NIEN TCHOD GUI SANG SUM TAG TU TEN DJUR TCHIG

sua magnífica energia e poder nutrindo os lótus dos ensinamentos e dos seres. Que seus três segredos sublimes permaneçam sempre firmes.

OM AH HUNG PADMA GURU SIDDI HUNG!

Longa Vida!

Mãos em Prece!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Mãe Desnecessária



Recebi esse texto abaixo e desconheço sua autoria. Só sei que é uma reflexão sobre o amor incondicional de ser mãe!
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A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo.
Várias vezes ouvi de um psicanalista essa frase e ela sempre me soou estranha.
Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha interna hercúlea, confesso, decisão violenta ao instinto.
Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todos temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada venha me acusar de desamor, preciso explicar o que significa isso. Ser 'desnecessária' é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência dos filhos, como uma droga ao ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustações e cometer os próprios erros também.
A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical, como bem resumiu a psicóloga e educadora Lidia Aratangy no artigo "Maternidade,Liberdade, Solidariedade".
A cada nova fase, uma nova perda e um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho. Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vinculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo.
O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego,o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.
Pai e Mãe - solidários - criam filhos para serem livres, águias e não galinhas. Esse é o maior desafio e a principal missão. Ao aprendermos a ser 'desnecessários', nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Vende-se tudo! Uma lição de vida


Nos útimos dias, tenho recebido e vivenciado algumas notícias de pessoas que são muito especiais para mim, como por exemplo:
a) um tombo na grama, e, como consequência, uma cirurgia no braço acompanhada de duas placas;
b) uma senhora amiga, simples, de bom coração e compassiva que criou vários filhos (dela e de outras pessoas) e tudo com muita dificuldade, faleceu sem que eu pudesse vê-la novamente e agradecer; etc...
Ademais, a tragédia do avião da Air France.
Enfim, na marra, me vi obrigada a contemplar a impermanência, a praticar o desapego a rever alguns valores.
Aí me lembrei desse lindo texto abaixo que agora compartilho com vocês.

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No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que ela estava vendendo tudo que tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos.
O cartaz dava o endereço do bazar e o local de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:
- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.
Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.
Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava as 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali se estava vendendo uma estante.
Eu convidava a subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto.
Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro como brinde e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas. Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu, mais sem alma.
No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperou a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.
Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo que é material. Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo. Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar.
Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto torna-se cada vez mais difícil de me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida.
Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile. Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu um café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.
Fomos embora carreganado apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde. Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza.
... só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir, é melhor refletir e começar a trabalhar o DESAPEGO JÁ!



Martha Medeiros


segunda-feira, 8 de junho de 2009

Cuidar


"Amor é a capacidade de cuidar, proteger, nutrir. Se você não é capaz de gerar este tipo de energia para si mesmo, se você não é capaz de cuidar de si mesmo, de se nutrir, de se proteger, é muito difícil cuidar de outra pessoa."

Thich Nhat Hanh

sexta-feira, 5 de junho de 2009