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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Zilda Arns - um exemplo de mulher compassiva






Mais uma vez, a tragédia do terromoto no Haiti, nos possibilita contemplar sobre a impermanência que tudo permeia a cada instante e sopro de vida. 
Essa tal impermanência nos tirou de cena a médica Dra. Zilda Arns Neumann que morreu em missão humanitária salvando vidas, ou melhor, crianças, e, oferecendo as mulheres seu direito de cidadania digna.
Seu trilhar pelo mundo foi um exemplo de um ser compassivo iluminado em prol de gerar benefício em todos os sentidos. Sem dúvida nenhuma, promoveu os Direitos Humanos, na práxis.
Agora fica a continuidade de sua obra na Pastoral da Criança. 
"Nós precisamos muito participar dessa construção de um mundo a serviço da vida, da esperança e a mulher está muito preparada pra isso."
Suas últimas palavras proferidas em seu discurso no Haiti:
"Hoje vou compartilhar com vocês uma verdadeira história de amor e inspiração divina, um sonho que se fez realidade... [..]
Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe de predadores, ameaças e perigos e mais perto de Deus, deveríaluzmos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los.”
Certamente, a humanidade, além do povo brasileiro, em especial, os curitibanos, perderam um ser da mais alta qualidade e ética. Por fim, que se possa fazer a justa homenagem póstuma - o Prêmio Nobel da Paz! 
Mãos em prece!

domingo, 29 de novembro de 2009

A moeda que tem valor


Nossas prioridades mundanas podem ser irônicas. Colocamos em primeiro lugar aquilo que julgamos ser o que mais desejamos; depois, descobrimos que o nosso desejar é insaciável. Pagar a casa, escrever um livro, fazer o negócio ser bem-sucedido, preparar a aposentadoria, fazer longas viagens — coisas que estão temporariamente no topo de nossa lista de prioridades consomem nosso tempo e energia completamente.

E, então, no fim da vida, olhamos para trás e nos perguntamos o que todas essas coisas significavam.

É como alguém que viaja num país estrangeiro e paga sua viagem na moeda daquele país. Quando chega à fronteira, se surpreende ao tomar conhecimento que a moeda do país não pode ser trocada ou levada.
Da mesma forma, nossas posses e aquisições mundanas não podem ser levadas através do portal da morte. Se confiarmos nelas, nos sentiremos, repentinamente, empobrecidos e roubados. A única moeda que tem qualquer valor quando viajamos pelo limiar da morte é nossa realização espiritual.

"Vida e Morte no Budismo Tibetano" by Chagdud Tulku Rinpoche (Tibete, 1930 - Brasil, 17/11/2002).