domingo, 9 de maio de 2010

Dias das Mães!



Todos os dias deveriam ser lembrados como especiais em tudo, pois retratam a celebração da vida humana e preciosa a cada instante. Entretanto, o comércio criou o Dia das Mães!
Nunca me deixei levar muito por essas datas comerciais, com aquele frenesi generalizado das compras a qualquer preço para ficar bem na fita.
Todavia, hoje, essa data tem um sabor muito triste e amargo. Como cuidadora de uma mãe com Alzheimer associada a sobrecarga emocional do imenso stress do prazer em servir tem me colocado a prova a cada minuto. Uma verdadeira prática da prática que requer muita paciência e sabedoria, e, que me faz sentir na maioria dos momentos incapaz, impotente, culpada e muito sozinha. 
Pergunto-me diariamente: como entender e lidar com esse carma? Que missão é essa?
Em paralelo, talvez, o  céu esteja colocando-me em confronto com o meu desejo de expansão e de crescimento com a ideia de que ninguém chega a esse planeta sem ter uma missão. Assim, mostra-me o caminho da humildade e do serviço, e lembra uma lição que está em livros antigos: é preciso dobrar os joelhos e se reconhecer um aprendiz...
Todo esse sofrimento do sofrimento pode me ajudar a ver onde está a saída para a sensação de que perdi o controle do meu destino e estou sendo arrastada por um caminho que não escolhi.  Ademais, preciso aceitar a ideia de que nem sempre as coisas acontecem do jeito que a gente quer e de que é possível confiar numa inteligência superior que ordena o mundo. Ou seja, tenho consciência plena que a impermanência existe e tudo permeia, também sei que tudo passará - coisas boas ou não.
De qualquer forma, aspiro que dias melhores possam acontecer para todas as mulheres/mães, em especial, a minha, e que sua mente possa ser lúcida e estável em todas os seus renascimentos.
Só me resta a fé!
Mãos em prece!


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