Autoria: EFE Internacional
em Nova Délhi
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O Dalai Lama, líder espiritual do Tibete, disse hoje que essa região está sofrendo "um tipo de genocídio cultural" e que as autoridades chinesas pretendem alcançar a paz através do uso da força.Em entrevista coletiva televisionada de Dharamsala, cidade indiana que acolhe o Governo tibetano no exílio, o Dalai Lama disse que, de uma forma "proposital ou não proposital, está ocorrendo um tipo de genocídio cultural" no Tibete.
Além disso, disse que suas reivindicações não mudaram por causa dos recentes eventos, e que continua pedindo "autonomia, não independência".O líder espiritual também pediu a ajuda da comunidade internacional, à qual atribuiu uma responsabilidade de caráter moral na causa tibetana.
Em seu primeiro comparecimento público após os distúrbios da sexta-feira passada em Lhasa, a capital tibetana, o Dalai Lama voltou a expressar seu apoio à realização dos Jogos Olímpicos de Pequim este ano.Fontes oficiais chinesas indicam que estes distúrbios deixaram "10 civis mortos e 12 policiais gravemente feridos". No entanto, o exílio tibetano afirma que há pelo menos 30 mortos e precisa que recebeu informações de que este número poderia chegar aos 100.
O líder máximo tibetano denunciou os impedimentos e restrições que, segundo ele, as autoridades chinesas impõem ao desenvolvimento da educação e à formação nos mosteiros tibetanos, e alertou do risco de desaparecimento do patrimônio cultural do Tibete.Além disso, expressou sua preocupação com o fato de que as autoridades chinesas tenham feito uso da "força" para conseguir a estabilidade e a paz na região tibetana.
Os distúrbios em Lhasa ocorrem em meio aos protestos que acontecem desde o dia 10 protagonizados por monges budistas, e que se iniciaram para lembrar o aniversário da fracassada rebelião tibetana contra o mandato chinês em 1959, que levou ao exílio do Dalai Lama.
O Dalai Lama vive em Dharamsala, no estado indiano de Himachal Pradesh, onde fica a Administração central do Tibete no exílio.Calcula-se que a Índia recebeu cerca de 130.000 tibetanos a partir de 1959.
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