domingo, 23 de novembro de 2008

Viver o momento presente!

"Eu pergunte à folha se ela estava assutada por ser outono e todas as outras folhas estarem caindo. A folha respondeu-me: "Não. Durante toda a primavera e verão eu estive muito viva. Eu trabalhei duro e ajudei a nutrir a árvore, e muito de mim está na árvore. Por favor, não diga que eu sou apenas esta forma, pois a forma de folha é somente uma pequeníssima parte de mim. Eu sou a árvore toda. Eu sei que já estou dentro da árvore e, quando voltar para o solo, continuarei a nutri-la. Por isto é que não me preocupo. Assim que deixar este ramo e flutuar até o chão, acenarei para a árvore e direi para ela: Eu verei você novamente muito em breve!"

Thich Nhat Hanh - O Coração da Compreensão- Editora Bodigaya, p. 43.

sábado, 22 de novembro de 2008

Steve Jobs - depoimento de uma vida

Vale a pena conferir esse depoimento de vida!
Ele fala por si só.

Assista o vídeo:

http://video.google.com/googleplayer.swf?docid=-3827595897016378253&hl

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Globo Amazônia

Novo portal vai mostrar queimadas e desmatamentos em tempo real. Você poderá protestar contra a devastação e ler as notícias sobre a região da Amazônia.

www.globoamazonia.com

domingo, 7 de setembro de 2008

domingo, 24 de agosto de 2008

Curitiba em fotos!

Conheça Curitiba, via fotos!!! ...

Um dos melhores trabalhos, apresentados em fotos, de Curitiba, Paraná. Fotos sensacionais, que dão aos curitibanos uma sensação mista de orgulho e ufania.

http://www.curitibacityphotos.blogger.com.br/

sábado, 23 de agosto de 2008

O que fazer e o que não fazer em tempos de inflação

Na última edição do jornal Salário S/A, editado pela jornalista Sandra Balbi, há uma matéria muito boa sobre o que fazer e o que não fazer em tempos de inflação.

Anexei o jornal no arquivo abaixo.

http://www.maraluquet.globolog.com.br/Blogsalario.pdf

domingo, 16 de março de 2008

Carnaval tributário



“Há 40 anos, o Sistema Tributário Brasileiro era estruturado de acordo com a forma e a cor das estampilhas. [...] Naquele tempo, graças ao colorido e ao formato das estampilhas, o chamado Sistema Tributário era um Carnaval. Só havia confusão, muito papel colorido e era até divertido.


[...] Nos últimos anos, a quantidade de tributos mascarados de ‘empréstimos’ é tão grande que formam um bloco carnavalesco: ‘Unidos da Vila Federal.’ O Presidente da República e o seu Ministro da Fazenda são os ‘abre-alas’. O ritmo é dado pelo fêmur dos contribuintes, que também forneceram a pele para as cuícas. O Presidente e seus Ministros lançam ao público confetes de nossos bolsos vazios e as serpentinas de nossas tripas. No Sambódromo conquistaram, por unanimidade, o prêmio: ‘Fraude contra o Contribuinte’.

[...] As leis do imposto de renda são alteradas – contínua e mensalmente – por outras leis, decretos-leis, portarias ministeriais, pareceres normativos e outros atos de órgãos governamentais. A proliferação dessas alterações é tão rápida e contínua que o Governo não se dá mais ao trabalho de consolidar tudo em um novo Regulamento do Imposto de Renda, cuja sigla, hoje, é uma ironia: RIR.”


Autoria: BECKER, Alfredo Augusto. Carnaval tributário. 2. ed. São Paulo: Lejus, 2004, p. 13, 14 e 17

Dalai Lama denuncia que o Tibete está sofrendo um "genocídio cultural"


Autoria: EFE Internacional
em Nova Délhi


O Dalai Lama, líder espiritual do Tibete, disse hoje que essa região está sofrendo "um tipo de genocídio cultural" e que as autoridades chinesas pretendem alcançar a paz através do uso da força.Em entrevista coletiva televisionada de Dharamsala, cidade indiana que acolhe o Governo tibetano no exílio, o Dalai Lama disse que, de uma forma "proposital ou não proposital, está ocorrendo um tipo de genocídio cultural" no Tibete.


Além disso, disse que suas reivindicações não mudaram por causa dos recentes eventos, e que continua pedindo "autonomia, não independência".O líder espiritual também pediu a ajuda da comunidade internacional, à qual atribuiu uma responsabilidade de caráter moral na causa tibetana.


Em seu primeiro comparecimento público após os distúrbios da sexta-feira passada em Lhasa, a capital tibetana, o Dalai Lama voltou a expressar seu apoio à realização dos Jogos Olímpicos de Pequim este ano.Fontes oficiais chinesas indicam que estes distúrbios deixaram "10 civis mortos e 12 policiais gravemente feridos". No entanto, o exílio tibetano afirma que há pelo menos 30 mortos e precisa que recebeu informações de que este número poderia chegar aos 100.


O líder máximo tibetano denunciou os impedimentos e restrições que, segundo ele, as autoridades chinesas impõem ao desenvolvimento da educação e à formação nos mosteiros tibetanos, e alertou do risco de desaparecimento do patrimônio cultural do Tibete.Além disso, expressou sua preocupação com o fato de que as autoridades chinesas tenham feito uso da "força" para conseguir a estabilidade e a paz na região tibetana.


Os distúrbios em Lhasa ocorrem em meio aos protestos que acontecem desde o dia 10 protagonizados por monges budistas, e que se iniciaram para lembrar o aniversário da fracassada rebelião tibetana contra o mandato chinês em 1959, que levou ao exílio do Dalai Lama.


O Dalai Lama vive em Dharamsala, no estado indiano de Himachal Pradesh, onde fica a Administração central do Tibete no exílio.Calcula-se que a Índia recebeu cerca de 130.000 tibetanos a partir de 1959.

sábado, 15 de março de 2008

Utopia Carioca


UTOPIA CARIOCA
Rio de Janeiro


Sempre que vejo na televisão a propaganda do TSE mandando a gente ficar de olho nos nossos eleitos, sinto um certo constrangimento e uma sensação de ridículo institucional. Mas também um estranho orgulho e um vago sabor de superioridade: há várias eleições voto no deputado Fernando Gabeira e nunca me decepcionei com seus votos, atitudes e atuação política, mesmo quando, às vezes, discordo de seus pontos de vista. Sua honestidade e inteligência são inquestionáveis.


É uma felicidade democrática ter alguém que realmente representa no Congresso o que você pensa e acredita. Isto também é quase ridículo, porque é uma exceção do que deveria ser a norma, como é em países civilizados.


Mas fiquei ainda mais orgulhoso agora que ele impôs suas condições para ser o candidato da frente PV-PSDB- PPS à prefeitura do Rio de Janeiro.Não pediu poderes ilimitados, nem caminhões de dinheiro, nem submissão dos partidos à sua vontade: exigiu uma campanha limpa, sem ataques pessoais, propositiva; divulgação pela internet dos fundos e despesas da campanha, e o principal: caso eleito, que o secretariado seja escolhido por méritos e critérios profissionais e não partidários, sem o habitual loteamento como moeda de troca por apoio político.


Ele não acha que só porque "todos" fazem errado ele deve fazer também. É quase uma utopia. Mas se é a realidade em países civilizados, por que não, um dia, no Brasil?Conhecido por sua trajetória dedicada aos direitos humanos, à ecologia, saúde, educação e cultura, com reconhecida capacidade de diálogo democrático e tolerância, sem concessões à ladroagem e à política-como-ela-é, o que ele propõe é o óbvio. Mas parece um sonho quase impossível.


O Rio de Janeiro merece esta esperança.


Nelson Motta

sexta-feira, 14 de março de 2008

Como destruir a Amazônia sem sair de casa?

Todos os dias somos bombardeados por novas notícias sôbre a destruição da Amazônia, e a maioria das pessoas pensa que esse verdadeiro crime está sendo perpetrado apenas pelos invasores de todos os tipos, pelos madeireiros internacionais, etc, mas não se dão conta de que cada um de nós colabora para essa destruição todos os dias sem nos darmos conta disso. O artigo abaixo, de autoria de João Meirelles Filho, é muito oportuno para lançar luzes nessa questão que nos passa despercebida:"Se você acha que a culpa do desmatamento é do governo, você tem razão.

Claro que é culpa da inoperância dos órgãos públicos, que não conseguem controlar desmatamentos, queimadas, e nem a lenha que garante o seu pãozinho de cada dia nas padarias da região e de boa parte do Brasil. Será que a culpa é só daqueles a quem você emprestou seu voto e sua confiança, daqueles a quem você passou procuração para decidir, em seu nome, o que você consome nos super-mercados?

Ou será este um problema da Nação a que você e eu pertencemos, ou fingimos pertencer.Como você se sente diante do circo anual quando o chefe da Nação esbraveja ao ver as taxas de desmatamento fora de controle e solta decretos a torto e a direito, esperando que sejam cumpridos? Você acha que seus chefes realmente levam a sério este assunto? O que eles pensam quando servem seu George (o Bush) um churrasco para na Granja do Torto?Até quando você vai acreditar nesta novela?

Nesta conversa de que medir desmatamento e queimadas serve para alguma coisa?Só serve para dizer o que você já sabe muito bem: a coisa vai muito mal, cada vez pior. Afinal, medir desmatamento e queimada é medir conseqüência e não causa.É como medir a febre do doente, certificar-se que ele tem mesmo febre e, irdormir, ir fazer churrasco, nada fazer, esperando, que, se tudo der certo, um dia, o doente, se sobreviver, irá melhorar.É assim que age o governo que você elegeu, porque, você, cidadão brasileironão liga a mínima para as causas que provocam desmatamento e queimada.

Ou melhor, não está muito interessado em saber que quem causa a destruição da Amazônia é você mesmo, ao comer o seu bifinho de cada dia, o seu churrasquinho de fim de semana, o seu pãozinho de cada dia.O que efetivamente causa desmatamento? Na Amazônia a resposta é muito clara: a pecuária bovina extensiva, que responde por mais de 3/4 do estrago, e bem depois, muito depois, vem as outras causas, a soja (que cresce rapidamente), a retirada de madeira (que financia as novas derrubadas e pastagens), e muitas outras que, claro, juntas, são terrivelmente devastadoras.

Aliás, esta é a história do Brasil. A história da pata do boi. Assim, seus tataravôs engoliram a Mata Atlântica e a Caatinga, e seus pais e você devoram o Cerrado e a Amazônia.Só se cria boi porque há consumidor de carne. O pecuarista só existe porque ganha mais dinheiro com o boi. Se outra coisa (legal) fosse mais lucrativa, mudaria de ramo. E o pecuarista só cria boi porque há cada vez mais consumidor querendo comer carne, carne barata.Quem consome a carne da Amazônia é tanto quem mora na região (menosde 10% da produção), como os brasileiros das outras regiões (mais de 80%). A participação das exportações ainda é pequena, inferior a 10%, mesmo se considerar os 600 mil bois vivos que despachamos, sem pagar impostos, para a desabastecida Venezuela e o violento Líbano em guerra.

Hoje, na Amazônia, é possível produzir carne muito barata porque o altopreço social e ambiental não são considerados. O pecuarista raciocina: por que se preocupar em conservar as matas, as águas, as populações tradicionais e as milenares culturas? Por que seguir a lei trabalhista, pagar impostos, legalizar as terras, se não há fiscalização?O Brasil decidiu (e você participa desta decisão como eleitor e consumidor)transferir 1/3 de seu rebanho para a Amazônia.

Na década de 1.960 eram 1 milhão de bois na região, hoje, menos de meio século depois, são 75 milhões. Mais que em toda a Europa! Há muita gente envolvida, não são apenas aqueles 21 mil médios e grandes pecuaristas (com propriedades acima de 500 hectares). Há também 400 mil pequenos pecuaristas, em sua maior parte economicamente inviáveis.Resultado: em menos de 40 anos, somente com a pecuária, destruímos mais de 70 milhões de hectares do mais complexo e desconhecido conjunto de florestas tropicais do Planeta.

É pouco, você dirá, menos de 20% da região, ou, se preferir, meros 8% do território do Brasil.No entanto, esta superfície é superior à soma das áreas do estado do RioGrande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro somados.Destruídos. Para que? Para você comer picanha, picadinho e croquete mais baratos.Será que alguém realmente se beneficiou com isto?

Será que os filhos dospecuaristas realmente terão uma vida melhor porque estão na Amazôniadesmatada? Dificilmente. A pecuária não consegue garantir nem a rentabilidade de uma aplicação trivial em um banco, como a poupança ou um CDB. É o pior negócio que existe, só sobrevive porque é ilegal.De cada três bifinhos que você come, um vem da Amazônia. Você nãopergunta para o seu Zé açougueiro nem para o seu Diniz do Pão de Açúcar ou para o presidente do Carrefour, ou para outro dono de supermercado de onde vem a carne.

Você também não pergunta de onde vem a soja, o arroz, e tantos outros produtos. Enfim, como consumidor você sabe muito pouco sobre o que você consome, qual o seu impacto no planeta, quantos quilos de carbono, de água, de suor foram gastos para produzir o seu luxo do momento. Seu fornecedor também não se interessa por educá-lo, informá-lo, orientá-lo. Para ele responsabilidade social é comprar meia dúzia de cestinhas e docinhos de comunidades “em alto risco social” e ganhar comenda e prêmio de associações empresariais.E se você efetivamente perguntasse ao dono do estabelecimento?

E se vocêfosse às últimas conseqüências, abandonasse o produto na prateleira? E se, de agora em diante, você fosse 100% coerente em relação a sua responsabilidade como cidadão, cidadão comedor das Amazônias? Das Matas Atlânticas?Você deixaria de comprar a carne que vem com gosto de Amazôniaqueimada, devastada e escravizada? A carne que saiu do norte de Mato Grosso, do sul do Pará, do Marajó, do centro de Rondônia, do sul do Acre e do Amazonas?Você deixaria de comer a Amazônia?

Você seria capaz de abandonar seu antigo fornecedor de alimentos se ele não levasse a sério a sua pergunta: de onde vem esta carne? Ou melhor, esta carne vem da Amazônia?Se sua resposta é: tanto faz, então sugiro que desligue a televisão, vá curtiro seu quente verão de aquecimento global e tome tudo isto como conversa para boi dormir. Se, entretanto, achar que vale a pena seguir adiante, então, tome uma atitude. Pilote com mais atenção o seu carrinho de compras.

A cada passo que você dá no supermercado, é você quem decide o futuro do planeta (e não o dono do reluzente estabelecimento, ou o diretor de marketing da empresa, ou o gênio da agência de propaganda que ainda insiste em usar crianças ou em desrespeitar as mulheres para vender mais).

Se você quer entregar algo da Amazônia a você mesmo, ou a seusdescendentes, deixe este olhar bovino de lado, abandone seu comportamento de consumidor passivo. O mundo todo já percebeu que o Brasil está transformando a Amazônia em um imenso curral. É isto que você quer? Você acha que o mundo vai mesmo ficar de braços cruzados vendo o Brasil fazer churrasquinho da Amazônia?

Pois então, vamos agir, enquanto é tempo, antes que sejamos obrigados,envergonhados, a sofrer sanções internacionais hoje inimagináveis. Vamos enviar o boi de volta para o zoológico e para o presépio, de onde jamais deveria ter saído.
João Meirelles Filho"